O mecanismo envolve a produção de uma corrente de CO2 líquido a elevada pressão que, ao ser injectada em certas formações geológicas, permite o sequestro do gás causador do efeito de estufa. A tecnologia ainda está a ser desenvolvida e será testada num protótipo em Itália.
Actualmente, 90% da energia produzida a nível mundial provem da queima de combustíveis fósseis mas as inerentes emissões de CO2 fazem com que a longo-prazo a sua utilização seja insustentável, a não ser que se encontrem soluções para eliminar as emissões de dióxido de carbono.
E isso foi precisamente o que um conjunto de cientistas do MIT conseguiu, desenvolvendo uma nova tecnologia que permite a captura e sequestro de CO2, descrita recentemente na revista Energy.
Os investigadores americanos criaram um mecanismo de combustão a que deram o nome de oxy-fuel combustion, que permite separar todas as emissões de dióxido de carbono produzidas pela queima de carvão através da geração de uma corrente líquida de CO2 concentrada e pressurizada. Esta corrente pode depois ser injectada em certas formações geológica a profundidade que impedem a libertação do gás para a atmosfera.
O mecanismo ainda está a ser desenvolvido e um dos problemas relaciona-se com o decréscimo da eficiência das centrais a carvão que adoptem a tecnologia. Qualquer sistema de captura e armazenamento de carbono tem implícita uma penalização energética - neste caso, é a separação do dióxido de carbono dos gases de combustão que exige um estímulo energético.
Existem outros grupos a trabalhar na área da combustão oxy-fuel em mecanismos que implicam o fornecimento de oxigénio puro à câmara de combustão para produzir uma corrente de emissões mais concentrada e “limpa”. A tecnologia agora apresentada passa por colocar toda a câmara de combustão sob pressão. Ahmed Ghoniem, que liderou a investigação, explica que embora seja necessário usar mais energia no início do ciclo de combustão no final a penalização energética é menor.
Por outro lado, a pressurização do sistema de combustão permitiria reduzir o espaço ocupado pela central, diminuindo assim a pegada ecológica da infra-estrutura e, possivelmente, os gastos em componentes. Globalmente, espera-se uma melhoria de 3% na eficiência relativamente a um sistema despressurizado, e o investimento em investigação e desenvolvimento pode permitir que se atinjam os 10% a 15%, o que seria decisivo na aceitação dos mecanismos de captura e armazenamento como estratégia que permita o contínuo crescimento da produção de energia a partir da queima de carvão.
Fonte: Science Daily
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