RENATA GIRALDI da Folha Online, em Brasília
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou nesta terça-feira que subiu de 36 para 43 a relação de municípios que mais destroem a Amazônia Legal. Esses municípios estão localizados no Pará, Mato Grosso e Maranhão. Porém, ele disse que houve queda de 42%, em média, na área desmatada.
"Caiu, mas está longe de estar bom. Ainda está péssimo. Eu ainda não estou satisfeito. Ainda quero várias medidas para [fazer cair] mais", disse Minc. "Só o fato de cair o desmatamento não é suficiente, é preciso outras medidas. O objetivo é ter políticas focadas para que esses municípios reduzam o desmatamento", reiterou.
Pela lista divulgada hoje, os municípios incluídos na lista dos que mais desmatam na Amazônia Legal são Marabá, Pacajá, Itupiranga e Tailândia, no Pará; Feliz Natal, no Mato Grosso; e Amarante do Maranhão, no Maranhão, além de Mucajaí, em Roraima. Segundo Minc, os "campeões" são Marabá, Pacajá e Itupiranga.
Para a inclusão na relação dos principais que mais desmatam, o Ministério do Meio Ambiente considera como critérios a área de floresta desmatada, considerando o total dos últimos três anos; aumento da taxa de desmatamento, além da região destruída igual ou superior a 200 km², em 2008.
Segundo Minc, o ministério analisa a possibilidade de excluir três municípios, da relação dos 36. São eles: Alta Floresta, Porto dos Gaúchos e Nova Maringá, todos no Mato Grosso. Para isso. é necessário que os responsáveis por esses municípios reduzam o total de área desmatada e também concluam o cadastramento rural.
Alerta
Em setembro do ano passado, Minc divulgou a lista dos 100 municípios que mais desmatam na Amazônia Legal. O objetivo do ministro foi fazer um alerta. Na ocasião, ele disse que a área média desmatada por cada um dos municípios é de 1,5 mil a 1,8 mil hectares. São cerca de 160 mil hectares desmatados por 100 pessoas.
Em setembro do ano passado, Minc divulgou a lista dos 100 municípios que mais desmatam na Amazônia Legal. O objetivo do ministro foi fazer um alerta. Na ocasião, ele disse que a área média desmatada por cada um dos municípios é de 1,5 mil a 1,8 mil hectares. São cerca de 160 mil hectares desmatados por 100 pessoas.
Em fevereiro deste ano, o ministro divulgou a lista dos 36 principais que mais desmatam. O estudo foi feito com base no sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) do Inpe, que apontou, em agosto, 756 km² de área de desmatamento na Amazônia Legal. De acordo com os dados, houve um aumento de 134% de desmatamento na região em comparação a Julho.
Do total registrado de desmatamento, 435 km² estão no Pará e 229 km² no Mato Grosso. De acordo com dados do Inpe, os números registram mais do que o dobro identificado em julho, quando o desmatamento ficou em torno de 323 km².
Porém, o número de agosto ainda é menor que o registrado nos meses de junho, maio e abril -- este último o pior de 2008, segundo o Deter, quando a Amazônia perdeu em 30 dias 1.124 km².
Corte
Para realizar o levantamento sobre os 36 municípios que mais desmatam no país, os especialistas do Inpe consideraram áreas que sofreram corte raso (denominado desmate completo) ou degradação progressiva.
Esses aspectos devem ser analisados em conjunto com os dados sobre a ocorrência de nuvens --que impedem o monitoramento por satélite.
Depois do Pará e Mato Grosso, os Estados que registraram elevado percentual de desmatamento foram Rondônia, com 29,91 km², Amazonas, com 29,35 km², e Maranhão, com 16,83 km². O Acre registrou 6,66 km² de desmatamento, em Roraima foram identificados 5,34 km² e em Tocantins, 4,16 km² de área desmatada.
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