terça-feira, 30 de dezembro de 2008

HAMILTON NAKI

Mais uma grande personalidade, um grande ser humano, na rubrica deste blog:
EXEMPLOS DE VIDA


"Enviado por: Francisco em 21 de Agosto de 2005, 00:27
Hamilton Naki, um sul-africano negro de 78 anos, morreu no final de Maio. A notícia não rendeu manchetes, mas a história dele é uma das mais extraordinárias do século 20. "The Economist" contou-a em seu obituário desta semana.

Naki era um grande cirurgião. Foi ele quem retirou do corpo da doadora o coração transplantado para o peito de Louis Washkanky em Dezembro de 1967, na cidade do Cabo, na África do Sul, na primeira operação de transplante cardíaco humano bem-sucedida. É um trabalho delicadíssimo. O coração doado tem de ser retirado e preservado com o máximo cuidado.
Naki era talvez o segundo homem mais importante na equipe que fez o primeiro transplante cardíaco da história. Mas não podia aparecer porque era negro no país do apartheid. O cirurgião-chefe do grupo, o branco Christiaan Barnard, tornou-se uma celebridade instantânea. Mas Hamilton Naki não podia nem sair nas fotografias da equipe. Quando apareceu numa, por descuido, o hospital informou que era um faxineiro.
Naki usava jaleco e máscara, mas jamais estudara medicina ou cirurgia. Tinha largado a escola aos 14 anos. Era jardineiro na Escola de Medicina da Cidade do Cabo. Mas aprendia depressa e era curioso.
Tornou-se o faz-tudo na clínica cirúrgica da escola, onde os médicos brancos treinavam as técnicas de transplante em cães e porcos.

Começou limpando os chiqueiros. Aprendeu cirurgia assistindo experiências com animais. Tornou-se um cirurgião excepcional, a tal ponto que Barnard requisitou-o para sua equipe. Era uma quebra das leis sul-africanas. Naki, negro, não podia operar pacientes nem tocar no sangue de brancos. Mas o hospital abriu uma exceção para ele. Virou um cirurgião, mas clandestino. Era o melhor, dava aulas aos estudantes brancos, mas ganhava salário de técnico de laboratório, o máximo que o hospital podia pagar a um negro. Vivia num barraco sem luz elétrica nem água corrente, num gueto da periferia.
Depois que o Apartheid acabou, Naki ganhou uma condecoração e um diploma de médico Honoris Causa.

Nunca reclamou das injustiças que sofreu a vida toda.

Fonte: http://www.aliancaunimed.com.br/view.asp?id=2547
Mais: http://news.google.com/news?hl=en&ned=us&q=%22Hamilton+Naki%22

Um abraço.
Francisco."

Retirado de:
http://www.forumespirita.net/fe/index.php?action=printpage;topic=945.0

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