sexta-feira, 31 de julho de 2009

NOVA VERSÃO DE JARDIM

INVADEM CASA E ATÉ BANHEIRO
27/07/2009 - 10h52
LEANDRO NOMURA da Revista da Folha

Nos últimos anos, a crescente verticalização das metrópoles se refletiu na maneira de cultivar flores e folhagens, que, literalmente, subiram pelas paredes. Com espaços cada vez mais raros destinados a jardins tradicionais, casas e apartamentos têm ganhado painéis verticais recheados de plantas de diferentes espécies.
No Brasil, três técnicas de verticalização de jardins são usadas de maneira frequente. Em uma delas, as plantas são instaladas sobre uma superfície de fibra de coco ou sobre uma tela especial para o plantio, que são fixadas em um painel de plástico ou de metal.

Em outra, é construído um muro com blocos vazados, onde flores e folhagens são plantadas. A terceira técnica consiste em engatar porta-vasos de plástico de alta resistência, com proteção UVA e UVB, em uma estrutura de alumínio marítimo, que não oxida e é resistente à maresia.

Dependendo do método usado, é possível instalar os painéis em áreas internas e externas. Além de decorarem ambientes, eles servem como proteção acústica e como isolantes térmicos, ajudando a regular a temperatura ambiente. Podem ser colocados em fachadas, muros, varandas, salas ou em qualquer outro lugar que tenha um mínimo de luz natural. Por causa da umidade, banheiros que recebem luz natural são os lugares ideais para esse tipo de projeto.

A escolha das plantas que irão enfeitar o painel requer a análise do microclima do local de instalação. São levadas em consideração a luminosidade, a força dos ventos e a existência ou não de ar-condicionado e de fatores específicos de cada lugar, como a maresia. "Temos mais de 500 espécies de plantas para jardins verticais, entre folhagens e flores, mas samambaias, begônias, rhipsalis e orquídeas são os grandes curingas", explica a paisagista Gica Mesiara, da Quadro Vivo.

Daniela Cavallari, sócia da Verde Vaso, empresa que desenha jardins verticais em seus projetos, concorda: "Plantas que precisam de pouca ou nenhuma terra são as mais recomendadas".

Como irrigar

A principal dificuldade em verticalizar os jardins é a irrigação. Caso seja feita de maneira manual, há o risco de não ficar uniforme: as plantas da parte inferior tendem a encharcar mais do que as que estão fixadas na parte de cima. "A irrigação manual pode ser feita, mas tem que ser muito precisa. Por isso, é mais indicada a irrigação automatizada", afirma o paisagista Gil Fialho.

Se houver mais de uma espécie de planta em um mesmo painel, a irrigação se torna ainda mais complexa, já que cada uma das espécies necessita de quantidades diferentes de água. Nesse caso, é preciso usar uma central de automação que trabalhe por setores: rega de acordo com a necessidade de cada tipo de planta.

A manutenção é simples. Baseia-se em poda a cada três meses para a retirada de folhas amareladas, além de adubação, que pode ser feita por meio de um borrifador. "A poda é necessária para manter o espaço das espécies sem que uma avance sobre a outra", explica Fialho. A durabilidade é semelhante à de um jardim convencional.

Como todas as belezas, essa também tem seu preço. Varia de R$ 600 a R$ 1.800 o metro quadrado, dependendo da técnica, das espécies de plantas, do tamanho do painel e da estrutura da parede ou do muro onde o projeto será instalado. Em casos de uso de irrigação automatizada, são necessários um ponto hidráulico, outro de energia e um dreno para conter excessos de irrigação.

Retirado de:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u600824.shtml

quarta-feira, 29 de julho de 2009

EXPOSIÇÃO «REMADE IN PORTUGAL»

MOSTRA PEÇAS ECOLÓGICAS
quarta-feira, 29 de Julho de 2009 08:46

A exposição "Remade in Portugal" é inaugurada hoje à noite com peças de design ecológico de cerca de três dezenas de criadores portugueses no Museu da Electricidade, sob o título "A um Passo do Sonho".

Pela terceira vez consecutiva em Lisboa, a exposição surge este ano em contexto de crise global, e pretende chamar a atenção para a importância de hábitos de consumo responsáveis, o impacto do desperdício na sociedade e na natureza, além da criação de soluções sustentáveis para o futuro.

O director artístico do projecto "Remade in Portugal", Roberto Cremascoli, disse à Agência Lusa que, desde o início, em 2007, a iniciativa conseguiu que fossem desenvolvidos 105 peças de design ecológico e colocar metade em produção e comercialização.

A iniciativa conta este ano com a participação exclusiva de artistas portugueses de várias áreas, desde as artes plásticas, design, arquitectura e moda como Rita Garizo, Joana Vasconcelos, Nuno Cera, Ana Salazar, Maria Gambina, Alda Tomás, Carlos Aguiar, Ricardo Dourado, João Mendes Ribeiro, entre outros.

"Remade in Portugal" divide-se em seis núcleos, começando por uma chamada de atenção para os problemas ambientais que assolam o país - a seca, as inundações e os incêndios - através de um "Alerta" em vídeo concebido pelo artista Nuno Cera.

Segue-se o "Labirinto Remade", com obras feitas em materiais reciclados por profissionais das áreas do design, arquitectura e moda, depois surge o núcelo "Novos Talentos", com obras também recicladas criadas por finalistas universitários.

O quarto núcleo chama-se "Arco do Triunfo", criado pelo artista plástico Xana, e o seguinte é a instalação "The order of today is the disorder of tomorrow" de Pedro Valdez Cardoso.

O "Jardim do Éden", criado pela artista Joana Vasconcelos, fecha a exposição, com uma imagem do paraíso que remete para o tema do sonho do "Remade in Portugal", projecto que conta com o apoio institucional da Agência Portuguesa do Ambiente e Direcção Geral das Artes do Ministério da Cultura.

Criado originalmente em 2004 pela Regione Lombardia, em Itália, o projecto obteve a adesão do Ministério do Ambiente italiano e de vários consórcios ligados à reciclagem, passando a "Remade in Italy", com a finalidade de difundir a cultura do eco-design e do desenvolvimento sustentável.

A partir do projecto "Remade in Italy" foi criada uma rede da qual já fazem parte, Portugal, Chile, Brasil e Argentina. Espanha e França vão ser os próximos países a aderir a esta iniciativa.
A exposição "Remade in Portugal" estará patente ao público até 13 de Setembro.

Diário Digital / Lusa
Retirado de:

terça-feira, 28 de julho de 2009

CELEBRA-SE HOJE O DIA NACIONAL DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

Filipa Alves (28-07-09)

O movimento ambientalista em Portugal iniciou-se com a criação da LPN, a 1ª organização não-governamental de Ambiente a nível ibérico e em 1998, por ocasião das comemorações dos 50 anos da associação, o Estado instituiu o Dia Nacional de Conservação da Natureza.

Os precursores do movimento ambientalista em Portugal foram as ideias proteccionistas dos anos 30, tendo a doutrina de conservação da Natureza surgido claramente nas Actas do 1º Congresso Nacional de Ciências Naturais que decorreu em 1941. No entanto, a criação em 1948 da Liga para a Protecção da Natureza, a 1ª organização não governamental de ambiente na Península Ibérica, que marcou a génese do activismo social em prol do Ambiente em território nacional, foi uma consequência directa do apelo literário de Sebastião da Gama ao fim da destruição da Mata do Solitário na Serra da Arrábida.

Desde então o movimento ambientalista tem vindo a ganhar adeptos, multiplicando-se e diversificando-se. Em 1998, ano em que a Liga para a Protecção da Natureza cumpriu 50 anos de luta pela Conservação da Natureza, foi definido o estatuto legal de Organização não-governamental de ambiente (DL 35/98 de 18 de Julho), substituindo o estatuto de Associação de Defesa do Ambiente. Por outro lado, em reconhecimento do contributo da LPN para a divulgação e preservação do património natural Nacional o Estado instituiu o dia 28 de Julho como Dia Nacional da Conservação da Natureza.

Actualmente, existe uma panóplia de organizações não-governamentais de ambiente um pouco por todo o país, partilhando princípios e actuando a diferentes níveis, desde o local até ao regional. Segundo dados do Registo de Nacional ONGAs e Equiparadas disponível no sítio da Agência portuguesa do Ambiente são 120 as entidades com o estatuto de organização não governamental de ambiente, que têm o direito de participar na definição da política e das grandes linhas de orientação legislativa em matéria de ambiente, contribuindo de forma importante para a preservação do património natural nacional.

Documentos Recomendados:
Biodiversidade : Importância dos conceitos e métodos de avaliação para as políticas de conservação da natureza
Os Fundos Comunitários e a Conservação dos Recursos Naturais - Os Montados e os Sobreirais do Sul de Portugal

Retirado de:
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=7133&bl=1

segunda-feira, 27 de julho de 2009

LEOPARDO-DAS-NUVENS

AFINAL NÃO ESTÁ EXTINTO NO BANGLADESH
Filipa Alves (27-07-09)

Uma cria de leopardo-das-nuvens foi capturada por habitantes de uma aldeia, depois de ter sido avistada na companhia da mãe e de outra cria, o que indica que ainda existem animais em liberdade no Bangladesh, ao contrário do que se pensava.

A presença de leopardo-das-nuvens foi confirmada no Bangladesh 20 anos depois do último avistamento. Uma mãe e as suas duas crias foram observadas por habitantes locais enquanto se alimentavam de um macaco, tendo uma das crias sido capturada embora a mãe e a outra cria tenham conseguido fugir.

Os responsáveis pela captura pretendiam vender o animal mas sob a pressão dos conservacionistas acabaram por libertar a cria na floresta, não se sabendo no entanto se esta se terá reunido com a mãe.

A descoberta veio renovar as esperanças de que o leopardo-das-nuvens continue a habitar e a reproduzir-se nas zonas florestadas do Bangladesh pelo que os esforços de conservação da espécie devem ser retomados.

Segundo o Professor Anwarul Islam, do Wildlife Trust of Bangladesh, “Estamos encantados. Há muitos anos que pensávamos que o animal tinha desaparecido ou estava em processo de desaparecer. É bom saber que ainda estão presentes e que se estão a reproduzir”.

O leopardo-das-nuvens pode ser encontrado nas florestas da Sudeste Asiático, sendo considerado uma espécie vulnerável pelo UICN. Actualmente as ameaças incluem a desflorestação para venda da madeira e substituição por áreas agrícolas (nomeadamente plantações de palmeira para produção de óleo de palma) e a caça furtiva para o comércio de peles, ossos e carne. Desconhece-se qual a dimensão das populações selvagens porque se trata de uma espécie difícil de estudar mas sabe-se que apresenta uma tendência de declínio.

Fonte: Eco Worldly

Retirado de:
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=7094&bl=1

sexta-feira, 24 de julho de 2009

PROJECTO "VAMOS LIMPAR PORTUGAL" JÁ ARRANCOU

Filipa Alves (24-07-09)


A iniciativa pretende eliminar todas as lixeiras e depósitos de resíduos abandonados no país ao longo de um dia e envolvendo, sociedade por sectores e apelando aos indivíduos em particular e seguindo o exemplo da Estónia.
A ideia surgiu no seguimento do grande sucesso que teve uma iniciativa semelhante na Estónia. Neste país do Leste Europeu a iniciativa “Vamos fazê-lo” conseguiu eliminar 10 000 toneladas de lixo abandonado por todo o país em 5 horas. Tratou-se de um mega-projecto com uma logística complexa que envolveu ONGs, cientistas, figuras públicas e políticos incluindo o presidente. Implicou uma grande campanha publicitária para a sensibilização e mobilização da sociedade visto que eram necessárias 40 000 pessoas para levar a cabo a intervenção e uma acção de mapeamento à escala nacional dos depósitos de resíduos que contou com a contribuição de 700 voluntários. No dia 3 de Maio de 2008, o “dia D”, compareceram 50 000 pessoas para participar na mega-acção de limpeza, cerca de 4% da população do país. Conseguiu-se assim fazer num dia e com 500 000 euros o que o governo levaria 3 anos a concretizar com um custo global previsto de 22,5 milhões de euros.
Actualmente, já está em marcha em Portugal um projecto semelhante que pretende eliminar todas as lixeiras e depósitos resíduos indevidamente abandonados em zonas como florestas e campos, ideia pela 1ª vez sugerida no fórum da LandMania, Clube de Portugal. Nesta primeira fase está a decorrer a angariação de voluntários, através de formação de grupos por concelhos e já se começou o mapeamento dos locais a ser intervencionados.
Nesta etapa inicial a internet é um instrumento valioso para “passar a palavra” e reunir os dados relativos às zonas de intervenção e aos locais e entidades que aceitarão os resíduos recolhidos. Neste momento o “Vamos limpar Portugal: Vamos limpar a floresta portuguesa num só dia” já dispõe de um site de divulgação do projecto, uma página para gestão das equipas e um site com o mapa das lixeiras já identificadas. Por outro lado, já está presente em plataformas de comunicação e redes sociais como Hi-5, Faceboook e Twitter .
A data para a mega-acção de limpeza ainda não está definido. Embora tivesse havido sugestões para que a intervenção se concretizasse em Outubro de 2009, novos planos apontam para meados do próximo ano como data mais viável tendo em conta a complicada logística do projecto.
Para mais informações sobre o projecto “Vamos Limpar Portugal“ e se pretende aderir visite www.limparportugal.org.
Para informar sobre a localização de lixeiras a incluir na mega-acção de limpeza aceda a
http://es.wikiloc.com/wikiloc/user.do?name=limparportugal
Caso deseje ver a vídeo-reportagem sobre o projecto “Let’s do it” na Eslovénia pode fazê-lo em http://limparportugal.ning.com/video/lets-do-it-estonia-legendado
Retirado de:

quinta-feira, 23 de julho de 2009

BÍBLIA:

Porque não há coisa encoberta que não haja de manifestar-se, nem coisa secreta que não haja de saber-se e vir à luz.
Jesus. (Lucas, 8:17.)

Retirado de:
http://www.guia.heu.nom.br/index.htm

quinta-feira, 16 de julho de 2009

RELATÓRIO DEMOLIDOR DA COMISSÃO EUROPEIA

CONCLUI QUE A POLÍTICA AGRÍCOLA DEITA POR TERRA OS ESFORÇOS DE PROTECÇÃO DA NATUREZA NA EUROPA
Domingos Leitão - SPEA (16-07-09)
No início desta semana a Comissão Europeia (CE) publicou os resultados de um exercício para avaliar o estado do património natural nos 27 Estados Membros. Usando dados fornecidos pelos governos, este relatório analisa a situação de centenas de habitats e mais de um milhar de espécies de plantas e animais protegidos pela Directiva Habitats da União Europeia (EU).

Apesar de algumas melhorias, graças a acções e projectos específicos de conservação da natureza, o relatório salienta que a UE quase de certeza irá falhar o objectivo para 2010 de estancar a perda de biodiversidade. Particularmente ameaçados estão os ecossistemas agrícolas, as zonas húmidas e a orla costeira. Apenas 17% das espécies e dos habitats mais importantes da UE viram o seu estatuto de conservação melhorado.

A SPEA e a BirdLife International, que têm desenvolvido projectos significativos para conservação da biodiversidade, aplaudem a CE por este relatório demolidor e consideram particularmente importante o enfoque especial no papel da agricultura em todo este processo: Konstantin Kreiser, responsável da BirdLife para as Políticas da UE comenta que “temos agora a prova definitiva de que a Política Agrícola Comum (PAC) continua a ser uma das ameaças principais para a natureza e a biodiversidade na Europa”. O relatório mostra que os habitats dependentes da gestão agrícola e agro-florestal estão particularmente ameaçados, quando comparados com outros (apenas 7%, comparativamente a 21%, possuem uma situação favorável). As pastagens extensivas e os pousios, habitats muito importantes para a natureza, estão particularmente ameaçados pela intensificação e pelo abandono agrícola.

As conclusões da CE coincidem com a evidência científica recolhida pela parceria BirdLife International (incluindo a SPEA) sobre o declínio das aves dos meios agrícolas. Em Portugal 50 espécies de aves dependentes dos ecossistemas agrícolas e agro-florestais encontram-se ameaçadas. Algumas estão mesmo em perigo crítico de extinção, como o Milhafre-real e o Rolieiro.
Domingos Leitão, Coordenador do Programa Rural da SPEA, não tem dúvidas em afirmar que “a responsabilidade desta falha na implementação de politicas e medidas adequadas é dos governos nacionais e dos Ministros da Agricultura”. Em Portugal, desde 2006 que a SPEA critica fortemente o Ministério da Agricultura devido à implementação deficiente do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR). Falta investimento na Rede Natura 2000, em instrumentos financeiros que apoiem os agricultores que optam por práticas amigas da natureza. “O mais incrível é que o PDR Português foi aprovado em 2007 com a promessa do Ministro Jaime Silva de investir mais 50 milhões de euros em medidas agro-ambientais específicas para a Rede Natura 2000, e até à data nada foi feito” salienta Domingos Leitão. Um pouco por toda a UE os governos cedem aos poderosos lóbis agrícolas e, em vez de apoiar a agricultura sustentável, gastam o dinheiro da PAC na intensificação agrícola, como os projectos megalómanos de regadio. O relatório da CE é muito oportuno, considerando que começou recentemente o debate sobre a reforma radical da PAC, talvez a última hipótese de aplicação de verdadeiras medidas de apoio ao ambiente rural.

A BirdLife International e a SPEA consideram ainda escandaloso que passados 17 anos após a adopção da Directiva Habitats da UE ainda haja Estados Membros que alegam não conhecer o estatuto das suas espécies de plantas e animais mais importantes. Portugal é directamente visado nesta critica juntamente com Grécia e Espanha, que indicaram que desconhecem a situação de mais de 50% das suas espécies.
Domingos Leitão afirma que “este é o resultado de mais de uma década de desinvestimento na natureza, que levou ao desaparecimento dos programas de seguimento que existiam e a uma ignorância deliberada dos que foram criados”. A SPEA desenvolve quatro programas de seguimento de populações de aves, com base no trabalho de mais de 150 voluntários, coordenados por ornitólogos profissionais. Um desses programas, o Censo da Aves Comuns, apesar de fornecer informação estatística que Portugal tem de apresentar anualmente a Bruxelas, não tem qualquer apoio financeiro do Estado. Domingos Leitão confessa que “a SPEA tem colhido promessas do Ministério da Agricultura e do Ministério do Ambiente, mas ainda não recebeu um único euro pelos dados que recolhe, analisa e disponibiliza desde 2004”.Perante esta situação inaceitável a SPEA apela à CE que tome uma posição firme contra Portugal e outras Estados Membros, de modo a forçar os governos a investir mais no seguimento da biodiversidade.

Por último, a BirdLife e a SPEA, concluem que apesar dos bons instrumentos, como a Rede Natura 2000 e a Directiva Habitats, a UE e os governos nacionais têm falhado sistematicamente na reforma e implementação das políticas sectoriais relevantes. Como diz Konstantin Kreiser, “por esta razão este relatório não surpreende ninguém”. Mas a Europa não pode dar-se ao luxo de falhar novamente com a Biodiversidade. Para isso necessitamos de uma verdadeira reforma da PAC, que favoreça a natureza, o bem estar, a segurança alimentar e a prosperidade económica.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009

QUERCUS CRITICA TENDÊNCIA PARA DESVIAR E COBRIR RIBEIRAS

quarta-feira, 15 de Julho de 2009 10:45
A cobertura das linhas de água é considerada desadequada mas diversas ribeiras e até troços de rios deixaram de correr a céu aberto devido ao crescimento das cidades, o que os ambientalistas classificam de «desordenamento» do território.

Em Lisboa como no Porto, em Setúbal como na Figueira da Foz, há cursos de água cobertos, apesar de - por serem áreas do domínio hídrico - «o acesso dever ser assegurado de uma forma livre, não podendo ser criados obstáculos a essa acessibilidade», de acordo com o Instituto da Água.

«Acresce referir que a cobertura de uma linha de água constitui uma total artificialização do meio hídrico, não sendo enquadrável nas obrigações que se colocam em matéria de manutenção dos recursos hídricos, nomeadamente as que decorrem da Lei da Água», adiantou Paulo Machado, do Instituto, à agência Lusa.

Segundo o responsável do Departamento de Ordenamento e Regulação do Domínio Hídrico do Instituto, «a cobertura de qualquer linha de água é considerada desadequada, na medida que constitui uma profunda alteração do ciclo hidrológico e a transformação da massa de água associada».
«Também é totalmente desadequada a cobertura de uma linha de água para permitir a edificação», esclareceu Paulo Machado, alertando que «estas soluções surgem vulgarmente associadas a situações de risco de inundações, que ocorrem em virtude de uma alteração profunda do ciclo hidrológico e dos efeitos cumulativos que se verificam ao nível da bacia hidrográfica».

Todavia, os exemplos de ribeiras cobertas são vários, de Norte a Sul, como revelaram à Lusa diversos responsáveis da Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza.

«Ribeiras como a de Alcântara, em Lisboa, ou a do Livramento, em Setúbal, tornaram-se nos locais onde grande parte dos esgotos são lançados», afirmou Francisco Ferreira, da direcção da Quercus.
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domingo, 12 de julho de 2009

MASDAR

A PRIMEIRA CIDADE ECOLÓGICA DO PLANETA FAZ NOVAS ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

Filipa Alves (m/f)(10-07-09)

A Cidade de Masdar, modelo de cidade ecológica que está a ser construída perto de Abu Dhabi nos Emiratos Árabes Unidos, fez recentemente novas parcerias consolidando as bases que lhe permitem aspirar a ser a cidade do futuro.

A 30km de Abu Dhabi nos Emiratos Árabes Unidos e numa área de 6Km2 está a crescer uma nova cidade – a Cidade de Masdar – que irá acolher 50 000 habitantes. Mas não se trata apenas de mais uma cidade, mas sim de um Modelo de Cidade Ecológica, uma vez que dependerá apenas de energias renováveis, fará uso de técnicas sistemáticas de reciclagem, não produzirá praticamente resíduos e consumirá água em quantidades limitadas.

Trata-se de um projecto da Companhia Energia do Futuro de Abu Dhabi, uma subsidiária da Companhia de Desenvolvimento de Mubadala e que pretende ser uma “plataforma cooperativa para promover a procura de soluções para alguns dos problemas mais urgentes da humanidade: a segurança energética, as alterações climáticas e o desenvolvimento do conhecimento em sustentabilidade“ de acordo com a apresentação da iniciativa no respectivo site.

A 21 de Junho último, a Companhia Energia do Futuro de Abu Dhabi assinou um acordo de cooperação com a Fraunhofer Gesellschaft para levar a cabo investigação em cidades sustentáveis. O objectivo é construir um Centro de Investigação em Cidades Sustentáveis na Cidade de Masdar, à semelhança dos centros que a FG já possui na Europa, e que seria o primeiro de instituto do género no Médio-Oriente. Por outro lado e segundo Al Jaber, director da Iniciativa Masdar a colaboração com a Fraunhofer-Gesellschaft irá também assegurar que a Masdar terá um papel-chave no desenvolvimento do sector das energias renováveis de Abu Dhabi. A actividade do centro de investigação incidirá nas tecnologias essenciais para as cidades sustentáveis do futuro incluindo tecnologias relacionadas com a energia solar, a eficiência energética dos edifícios, os mecanismos de dessalinização e arrefecimento, e conceitos inteligentes de fornecimento de electricidade. O acordo prevê ainda a estreita colaboração com o Instituto de Ciência e Tecnologia de Masdar e outras instituições regionais para levar a cabo programas de investigação conjuntos que permitam a transferência de conhecimentos entre a Europa e o Golfo.

Por outro lado, recentemente foi anunciado que Masdar alojará a sede da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), agência intergovernamental constituída por 136 países. Será a primeira vez que uma grande organização internacional escolhe situar-se num país do Médio oriente, preterindo alternativas como a Alemanha, Áustria ou Dinarmarca, reconhecidos líderes em energias renováveis. Entre os argumentos que deram lugar à escolha de Masdar incluem-se facto de a localização em Masar permitir a constituição uma ponte entre os países em desenvolvimento e o mundo industrializado bem como compromisso dos Emiratos Árabes Unidos prestarem, de forma generosa, apoio económico.

Mais informações no site da Iniciativa Masdar

Fontes: Science Daily e masdar.ae

Retirado de:
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=6470&bl=1

sexta-feira, 10 de julho de 2009

As Plantas e a Engenharia Natural ao serviço da Restauração Ecológica e da Conservação da Natureza

Vasco Rocha – Associação Portuguesa de Engenharia Natural
O planeamento, construção e gestão de espaços tendencialmente sustentáveis, exigem princípios de orientação baseados na optimização das potencialidades dos sistemas vivos enquanto materiais de construção e a sua modelação às actividades humanas.
A exigência de proteger os recursos naturais e restaurar as funcionalidades ecológicas do território, constitui actualmente um imperativo para a compatibilização dos usos e das actividades humanas com o equilíbrio dinâmico dos sistemas naturais.
As acções de intervenção no espaço pensadas para melhorar as condições de vida das populações, preconizam frequentemente a introdução abusiva de sistemas artificiais estáticos, quer seja ao nível de tipologias de construção quer ao nível da utilização de espécies exóticas, que contrariam o natural processo contínuo e mutável do espaço.
No sentido de garantir o equilíbrio e a funcionalidade dos espaços naturais, importa promover a articulação entre os objectivos funcionais, ecológicos e paisagísticos das alterações do homem no espaço e a avaliação precisa e rigorosamente fundamentada de todas as componentes ecológicas, clarificando deste modo quais os problemas e as soluções possíveis a implementar.
É neste contexto de sustentabilidade que se afigura a Engenharia Natural, como uma disciplina que conjuga as técnicas e métodos de engenharia tradicionais e as potencialidades da vegetação, em intervenções construtivas de baixo impacte ambiental.
Definição
Por Engenharia Natural (Ingegneria Naturalística-Itália; Ingenieurbiologie-Alemanha, Áustria e Suiça; Ingeniería del Paisaje-Espanha, …) entende-se uma corrente técnico-científica multi (inter-) disciplinar, que utiliza fundamentalmente material vegetal vivo como material de construção, recorrendo às suas características biotécnicas (acções mecânicas do sistema radicular/cobertura vegetal) e fazendo uso dos seus elementos constituintes, como raízes, estacas e rizomas, em intervenções antierosivas e de consolidação, geralmente em combinação com outros materiais (madeira, pedra, palha, redes metálicas, mantas orgânicas, ….).
A Engenharia Natural teve origem como disciplina, no período compreendido entre o final do séc. XIX e início do séc. XX, na Europa central e alpina, sobretudo na Alemanha, Áustria (onde nasceu H. M. Schiechtl, “pai” da Engenharia Natural moderna) e Suiça.
O seu campo de actuação abrange uma temática diversificada como, o revestimento vegetal de uma área degradada, a consolidação de taludes e a estabilização de encostas, a defesa das margens de cursos de água, a protecção dunar, entre outros.
Objectivos
Os objectivos da Engenharia Natural, são fundamentalmente os seguintes:
1. técnico-funcionais: relativos à eficácia de uma intervenção antierosiva e de consolidação de uma encosta em erosão, margem ou talude estradal;
2. ecológicos: contraria a vulgar cobertura a verde de uma sementeira, pois pretende-se a reconstrução da cobertura vegetal preconizando a utilização exclusiva de espécies autóctones, correspondentes à faixa fitoclimática do local de intervenção e que apresentem as adequadas características biotécnicas;
3. paisagísticos: integração da intervenção na paisagem, através do emprego das espécies vegetais locais;
4. económicos: enquanto estruturas competitivas e alternativas às intervenções clássicas (exemplo: substituição de muro de gravidade em betão por muro de suporte vivo em caixa de troncos);

As intervenções de baixo impacte ambiental diferenciam-se daquelas levadas a cabo pela engenharia clássica, principalmente devido à relevância dada às condições da estação ecológica, sobretudo no que diz respeito aos parâmetros relacionados com o desenvolvimento da vegetação.

Geralmente, adoptam-se os métodos fitossociológicos, tendo como referência as associações vegetais presentes no território nacional. Contudo, dada a ausência frequente das associações autóctones nos locais de intervenção; utiliza-se como base a vegetação potencial e em particular, as séries dinâmicas que mais se adequam à intervenção.

Igualmente se dá importância ao tipo de reprodução das espécies, sendo utilizadas vulgarmente espécies que se reproduzem por propagação vegetativa, como os géneros Salix, Tamarix, Nerium, Atriplex, entre outros.
Interdisciplinaridade
O sucesso actual da Engenharia Natural em vários países da Europa como um instrumento fundamental nos processos de planeamento e ordenamento do espaço, resulta principalmente do seu carácter transversal pois assenta nos conhecimentos de vários sectores técnico-científicos, fazendo uso dos dados técnicos de análise e de cálculo por eles fornecidos (topografia, pedologia, geotecnia, hidráulica, biotecnia da vegetação, …).

Conclusões
Uma vez que constitui uma realidade com uma ténue expressão prática a nível nacional (embora constitua área de estudo de algumas formações académicas, principalmente da Licenciatura em Engenharia Biofísica leccionada na Universidade de Évora), é extremamente relevante a divulgação das potencialidades da Engenharia Natural, como uma tendência alternativa e inovadora de intervir em quaisquer projectos que tenham o espaço como objecto de trabalho.
A sua raíz multi-interdisciplinar estabelece o território como um sistema, impondo a todos os que nele operam, uma visão oposta ao sectarismo e uma convergência das várias correntes científicas, de modo a solucionar as diferentes questões de uma forma competente e sustentada.

Por estas razões, constituiu-se recentemente a Associação Portuguesa de Engenharia Natural (APENA - www.apena.pt), vocacionada para a partilha do conhecimento nos diferentes domínios de acção e aberta a um diálogo que se pretende activo e evolutivo.
Referências
Cornelini, P. e Sauli, G. (2001). L’ Ingegneria Naturalistica nelle aree mediterranee. Interventi di Ingegneria Naturalistica nel Parco Nazionale del Vesuvio, Ente Parco Nazionale del Vesuvio, San Sebastiano al Vesuvio, Napoli, Italia.
Fernandes, J.P (1987). O Projecto construtivo em Engenharia Biofísica. Universidade de Évora, DPBP, Évora.
Schiechtl, M.H. & Stern, R. (1992). Ground Bioengineering Techniques for slope protection and erosion control. Blackwell Science Ltd, UK.
Tremoceiro, J. (1999). Projectos de Engenharia Biofísica I e II. Universidade de Évora, DPBP, Évora.
APENA
www.apena.pt
Retirado de:

domingo, 5 de julho de 2009

VIVENDO SEM ELECTRICIDADE

(E SE UM DIA A ELECTRICIDADE ACABAR?
Encontrei este artigo e achei interessante)

Renato Sabbatini

Somos uma civilização viciada em eletricidade. Estamos tão acostumados a acionar interruptores e ter as benesses dos elétrons fluindo em uma rede invisível que se estende por todos os prédios e casas, que nem pensamos mais no que elas significam. Isto é, até o governo anunciar que vai haver racionamento de energia, e que os famosos "apagões" começarão a atormentar nossas vidas até agora tão confortáveis…

Depois de desfrutar de décadas de energia elétrica abundante e barata, o Brasil acordou bruscamente para uma realidade que só nos atingia ocasionalmente, durante alguma tempestade, e, mesmo assim, por poucas horas. Aprendemos (novamente), no entanto, que a falta de planejamento a longo prazo no setor energético é fatal, pois uma usina hidroelétrica demora muito tempo para ser construída e custa muito, muito dinheiro. Qualquer idiota consegue enxergar que a equação composta pelo crescimento da economia brasileira, com o fim da inflação e a queda dos juros, e pela privatização das empresas de eletricidade só poderia levar a esse resultado. Não precisa ir muito longe, nem muito tempo atrás: a Califórnia, o estado mais rico do país mais rico do mundo, está exatamente nesse momento convivendo com uma situação dessas, como se fosse uma "banana republic" latino-americana qualquer. E pelos mesmos motivos citados acima.

O sistema de geração e distribuição elétrica é o verdadeiro apanágio da civilização moderna, amparada na alta tecnologia. No entanto, é muito recente, historicamente (foi inventado por Thomas Alva Edison. A primeira cidade do mundo a ter uma rede elétrica foi Nova Iorque, em 1882) e ainda está ausente para uma parcela não desprezível da população mundial, seja por isolamento geográfico, pobreza ou opção consciente. No Brasil, uma grande parte das zonas rurais ainda não tem acesso à grade de energia elétrica. Nos estados da Amazônia, são comuníssimas as cidades que têm energia quatro horas sim, quatro horas não. Nos Estados Unidos, a comunidade dos menonitas (Amish), vive totalmente sem eletricidade. É uma seita religiosa cristã radical, que não aceita telefones, rádios, TVs, automóveis ou qualquer outra invenção moderna que use fios. Em áreas frequentemente sujeitas a tufões, furacões, tornados, tempestades tropicais, tempestades de gelo ou neve, a falha de energia elétrica é uma coisa da vida. A tal ponto que nos EUA existem lojas dedicadas a vender aparelhos que funcionam sem eletricidade ou com fontes de energia alternativa, tais como refrigeradores a gás, sistemas de som movidos a manivela, liquidificadores operados manualmente (fabricados no Peru!), sistemas de aquecimento que usam painéis solares, lampiões de querosene, bombas manuais, baterias de longa duração, geradores elétricos movidos a gasolina ou a rodas d'água, e outras curiosidades (veja uma delas em http://www.lehmans.com).

Um exemplo de como as pessoas conseguem viver sem eletricidade durante "apagões" de longa duração ocorreu em 1998, em quatro províncias do Canadá e quatro estados do norte dos EUA. Cerca de 5 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade por cinco semanas, devido a uma tempestade de gelo, que derrubou mais de 1.000 torres de transmissão de grande porte e cerca de 35.000 postes de madeira e 7.500 transformadores. Foi o acúmulo de gelo nos fios que causou esse desastre (é por isso que a maioria das cidades setentrionais têm fios de eletricidade subterrâneos: quando brasileiros as visitam, a primeira coisa que notam é a ausência dos postes e fios que se entrecruzam no ar de nossa paisagem urbana). No Canada, 20% da força de trabalho teve que parar, muitas vezes por uma semana ou mais, e 100 mil pessoas tiveram que sair de casa e ir para abrigos. Detalhe: isso ocorreu no auge do inverno daquela região, que é terrível. Muitas pessoas morreram de frio em casa, ou indiretamente, de doenças causadas pela exposição a ele.

O impacto da falta de eletricidade é muito maior e alcança muito mais longe do que se imagina. Por exemplo, na crise acima, a cidade de Montreál, uma das maiores do Canada, ficou sem água, devido à falha do sistema de bombeamento e tratamento. Mesmo na área rural o efeito é sentido: no Canadá, cerca de 5.500 fazendas que dependiam de ordenhadeiras eletromecânicas tiveram uma brutal queda de produção, pois a única alternativa era ordenhar à mão…Só não morreu mais gente porque os americanos do norte e os canadenses temem o inverno como a própria morte, e são relativamente previdentes. A maioria das casas sobreviveu ao frio e à falta de eletricidade graças a milhares de pequenos geradores individuais à gasolina (japoneses…).

É o que todos nós deveríamos estar preocupados em comprar, agora. Nos dá uma sensação de irrealidade, de coisa absurda, imaginar que o racionamento virá para valer. Vamos ter que aprender truques que apenas nossas bisavós sabiam, para manter a comida fresca, cozinhar, lavar, limpar e iluminar a casa, e nos entretermos à noite. Com certeza vai aumentar a natalidade! E pode esquecer a Internet.

Retirado de:
http://www.renato.sabbatini.com/correio/ciencia/cp010518.html

quinta-feira, 2 de julho de 2009

FIGUEIRA CASTELO RODRIGO:

ÁGUIA DEVOLVIDA AO MUNDO SELVAGEM

Uma águia foi hoje devolvida à natureza por um habitante local, em Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo, numa iniciativa do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS).

Depois de uma breve descrição aos participantes do Campo de Trabalho, dedicado à conservação das Aves Rupícolas, organizado pela Associação Transumância e Natureza ATN, uma Águia-de-Asa-Redonda (Buteo buteo), foi libertada com o nome “Betsy”, escolhido pela maioria de ingleses presentes no local.

O Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS) é uma estrutura do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) desde 2006, e tem como objectivos detectar e solucionar diversos problemas associados à conservação e gestão das populações de animais selvagens e dos seus habitantes.

Ricardo Brandão, médico veterinário do CERVAS, recordou à Lusa que o funcionamento do CERVAS “a nível de modelo de gestão melhorou muito”, desde Abril deste ano, “na medida em que a gestão do espaço foi entregue pelo ICNB à Associação Aldeia”.

“Mantém-se o Estado proprietário do espaço, mas é agora uma ONG com o apoio de um patrocinador, os Aeroportos de Portugal (ANA), que no âmbito da iniciativa «Busines and Biodiversity», criou uma nova situação em que há melhores condições financeiras para trabalhar, liberdade de acção e dinamismo”, refere o veterinário.

“A ANA compromete-se com 40 mil euros para apoiar o funcionamento do CERVAS em Gouveia e acaba de se comprometer com mais 40 mil euros para um outro centro em Olhão, gerido pela ALDEIA, o que tornará muito interessante a gestão dos recursos”.

No ano de 2009, este centro já recebeu cerca de 200 animais vivos, o que leva Ricardo Brandão a estimar um número de 400 animais até ao final de, tendo sido para já recuperados e ou libertados 80 animais.

“Neste momento é frequente recebermos solicitações de escolas e outras entidades para fazer-mos oficinas de educação ambiental e para libertar-mos algum animal”, afirma Ricardo Brandão.

No CERVAS, 90 por cento dos ingressos de animais selvagens são aves, razão que sustenta um banco e uma biblioteca de penas (Plumoteca) digital.

Nesta unidade de Gouveia, são desenvolvidos vários programas, como o Programa Antídoto - em Portugal uma plataforma contra o uso ilegal de venenos - , e o programa de apadrinhamentos que desde 2007 já ligou cerca de 200 animais a outros tantos humanos.

Diário Digital / Lusa

Retirado de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=397098

O PROJECTO PEGADA VERDE ENDEREÇA OS PARABÉNS A ESTE PROGRAMA E A ESTA INICIATIVA

LANÇADA PETIÇÃO A FAVOR DA INCLUSÃO

NA ROTULAGEM DAS GARRAFAS DE VINHO DO TIPO DE VEDANTE UTILIZADO
EcoLogicalCork.com (02-07-09)
A EcoLogicalCork.com lançou uma petição online para que seja incluído nos rótulos ou contra-rótulos das garrafas de vinho o tipo de vedante utilizado de forma a permitir aos consumidores uma selecção informada dos produtos.

Escolher um vinho engarrafado com rolha de cortiça é uma opção que defende a biodiversidade e o ambiente, promove o desenvolvimento sustentável e protege postos de trabalho do único sector em que Portugal é líder mundial. Esta é por isso uma opção que deve ser feita por todos os consumidores, mas nem sempre esta opção está ao alcance dos mesmos.

A inexistência de informação no exterior das garrafas, sobre o tipo de vedante por elas utilizado, impossibilita uma opção consciente por parte dos consumidores na altura da compra. Para tentar mudar esta realidade o EcoLogicalCork.com lançou uma petição online, indo de encontro às opiniões e vontade dos seus leitores com a finalidade de exercer pressão para que passe a constar nos rótulos e/ou contra-rótulos a informação sobre qual o tipo de vedante utilizado.

Os destinatários principais desta petição serão os responsáveis pela comercialização de vinhos (produtores, engarrafadores, vendedores, etc.) no sentido de que estes mudem o seu comportamento. Para além desta acção de mostrar a vontade dos consumidores aos produtores, a petição servirá também para fazer chegar a vontade dos cidadãos à Assembleia da República para que a mesma tome iniciativas legislativas no sentido de obrigar a que este tipo de informação conste nas garrafas.

Esta é uma iniciativa que a todos diz respeito, o direito à informação é um direito de todos nós. Só com acesso à informação é que as escolhas podem ser tomadas em consciência. Na defesa do ambiente, dos direitos dos consumidores e de uma riqueza (cortiça) que é de todos os portugueses divulgue esta iniciativa.

Aceda à petição e assine aqui

O EcoLogicalCork.com é um projecto independente de qualquer organismo, empresa ou entidade que tem vindo a promover na sua página (www.ecologicalcork.com) a defesa dos montados de sobreiros através da discussão e divulgação de assuntos relacionados com a cortiça.
Retirado de:

quarta-feira, 1 de julho de 2009

BRASIL

POUPA 2 BILHÕES DE TONELADAS DE CO2 EM 4 ANOS
29/06/2009 - 10h04
AFRA BALAZINA
da Folha de S.Paulo
A redução do desmatamento da Amazônia que ocorreu entre 2004 e 2008 fez o país deixar de emitir para a atmosfera 2 bilhões de toneladas de CO2, principal gás envolvido no aquecimento global.

É mais do que emite, ao ano, o Japão ou próprio Brasil, dois dos seis maiores poluidores do mundo. Cada nação emite 1,2 bilhão de toneladas.

A conta, feita pela secretária nacional de Mudança Climática, Suzana Khan, será apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente na Groelândia. Ela e o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) participam nesta semana de uma reunião com 25 ministros de meio ambiente dos países que mais contribuem com as emissões de gases de efeito estufa.

No período analisado, houve uma diminuição da taxa de desmatamento de 53 mil km2. A área é maior do que o território da Suíça --que possui 41 mil km2.

O objetivo da secretária é mostrar o esforço que o país tem feito para acabar com o desmate na floresta amazônica. "Eles podem dizer que ainda desmatamos muito. Mas olha o nosso tamanho. E moram 20 milhões de pessoas na região, essas pessoas precisam de renda", diz Khan.

A conta também visa a aplacar os ânimos da comunidade internacional. A recente ação do presidente Lula, que sancionou a medida provisória 458 -que dá terras de graça na Amazônia--, é considerada um desastre pelos ambientalistas e teve repercussão internacional. O país quer mostrar que o desmatamento está caindo e que merece receber compensação financeira por isso.
Há um grande impasse nas negociações para o próximo acordo climático global. O clima é de desconfiança entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.

Para colocarem propostas verdadeiras na mesa, os ricos querem que os mais pobres se comprometam a também reduzirem as emissões de gases-estufa. E os países em desenvolvimento evitam se comprometer com metas --dizem que a responsabilidade histórica é dos países industrializados.

Entre os participantes do encontro na Groelândia estão Estados Unidos, China, Índia, África do Sul e diversos europeus --Alemanha, França, Dinamarca, Suécia e Noruega.

"Os dois lados, dependendo da forma como se analisa, têm razão", diz a secretária. E seu ponto de vista é que o Brasil tem muito a perder com o aumento da temperatura do planeta. "Mais até do que a China, por exemplo", diz. O aquecimento global pode transformar a Amazônia em savana e afetar a agricultura em todo o país.
Política de clima
O projeto de lei que cria a Política Nacional de Clima continua parado no Congresso. Na semana passada, ONGs apresentaram um manifesto que pedia, entre outras coisas, agilidade para a aprovação da lei.

Khan concorda que a aprovação da lei é importante. "Se não tiver esse norteador do desenvolvimento vai cada um para um lado", afirma.
Retirado de:

EXPEDIÇÃO TRANSOCEÂNICA

TERÁ PRIMEIRA ESCALA EM LISBOA
Lisboa será a primeira escala de uma ambiciosa expedição de três anos por todos os oceanos do mundo que a partir de Setembro irá estudar o impacto das alterações climáticas nos microrganismos marinhos.

A expedição será realizada por uma equipa multidisciplinar internacional de 14 membros a bordo do veleiro francês Tara, que a 04 de Setembro solta as amarras do porto de Lorient, na Bretanha, para só ali regressar em Novembro de 2012.

Navegando ao longo da costa, o veleiro de dois mastros chega a 10 de Setembro ao cais de Alcântara, em Lisboa, onde permanecerá dois dias, seguindo depois para Tânger, rumo ao Mediterrâneo, disse à Lusa a responsável pela Comunicação da missão Tara-Oceanos, Eloïse Fontaine.
Diário Digital / Lusa
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