Uma águia foi hoje devolvida à natureza por um habitante local, em Algodres, Figueira de Castelo Rodrigo, numa iniciativa do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS).
Depois de uma breve descrição aos participantes do Campo de Trabalho, dedicado à conservação das Aves Rupícolas, organizado pela Associação Transumância e Natureza ATN, uma Águia-de-Asa-Redonda (Buteo buteo), foi libertada com o nome “Betsy”, escolhido pela maioria de ingleses presentes no local.
O Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS) é uma estrutura do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) desde 2006, e tem como objectivos detectar e solucionar diversos problemas associados à conservação e gestão das populações de animais selvagens e dos seus habitantes.
Ricardo Brandão, médico veterinário do CERVAS, recordou à Lusa que o funcionamento do CERVAS “a nível de modelo de gestão melhorou muito”, desde Abril deste ano, “na medida em que a gestão do espaço foi entregue pelo ICNB à Associação Aldeia”.
“Mantém-se o Estado proprietário do espaço, mas é agora uma ONG com o apoio de um patrocinador, os Aeroportos de Portugal (ANA), que no âmbito da iniciativa «Busines and Biodiversity», criou uma nova situação em que há melhores condições financeiras para trabalhar, liberdade de acção e dinamismo”, refere o veterinário.
“A ANA compromete-se com 40 mil euros para apoiar o funcionamento do CERVAS em Gouveia e acaba de se comprometer com mais 40 mil euros para um outro centro em Olhão, gerido pela ALDEIA, o que tornará muito interessante a gestão dos recursos”.
No ano de 2009, este centro já recebeu cerca de 200 animais vivos, o que leva Ricardo Brandão a estimar um número de 400 animais até ao final de, tendo sido para já recuperados e ou libertados 80 animais.
“Neste momento é frequente recebermos solicitações de escolas e outras entidades para fazer-mos oficinas de educação ambiental e para libertar-mos algum animal”, afirma Ricardo Brandão.
No CERVAS, 90 por cento dos ingressos de animais selvagens são aves, razão que sustenta um banco e uma biblioteca de penas (Plumoteca) digital.
Nesta unidade de Gouveia, são desenvolvidos vários programas, como o Programa Antídoto - em Portugal uma plataforma contra o uso ilegal de venenos - , e o programa de apadrinhamentos que desde 2007 já ligou cerca de 200 animais a outros tantos humanos.
Retirado de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=397098
O PROJECTO PEGADA VERDE ENDEREÇA OS PARABÉNS A ESTE PROGRAMA E A ESTA INICIATIVA
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